sábado, 21 de julho de 2007

Ando desencantada, com palavras fugindo o tempo todo e eu querendo caça-las .Preciso dizer , mas elas não saem .Queria berrar o que sou, por que sou e me mostrar menos uma igual, mas quem sabe nem seja mesmo.
O lirismo não é burocrático não assina ponto e eu vou indo de ponta a ponta , um vem e o outro foge .
A vida mandou um dia escolher, me faço de tola .Não sei.Crescer é dor constante ,e nada se pode fazer com isso.

"Um pouco de sol, um pouco de chuva , umas árvores que emolduram a distância, o desejo de ser feliz, a mágoa de os dias passarem , a ciência sempre certa e a verdade sempre por descobrir, mais nada , mais nada.Sim, mais nada."

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante , a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência .
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a , branca, tão pegada, aconchegada
nos meus braços ,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência , essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim."

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 1 de julho de 2007

Pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz


A gente vai fingindo que o desrespeito e a falta de ética não são pedras que impedem o bem estar alheio, apesar de eu sonhar ainda com pessoas limpas .Humanizar seres humanos já foi pleonasmo um dia. E quando me perguntam se creio na melhoria do mundo , eu digo sinceramente que não sei.O poder corrompe, foi Machiavelli quem disse há seiscentos anos atrás.A falta (de) também.